Eric Wagner (1959-2021)

Eric Wagner

De acordo com o site WikiMetal, foi anunciado em 23.08.2021 que Eric Wagner, vocalista e membro fundador do grupo “Trouble”, faleceu por conta da COVID-19:

Mais cedo essa semana, o The Skull, projeto no qual Wagner atuava desde 2012, anunciou que alguns shows seriam adiados por conta de membros da banda que testaram positivos para o vírus. A maioria se recuperou, mas Eric foi hospitalizado com uma pneumonia. O músico tinha apenas 62 anos.

A notícia foi dada informalmente por seu filho mais velho, Luke Wagner, e confirmada pouco depois na página oficial do The Skull no Facebook. A banda lamentou o ocorrido e disse que fará um comunicado oficial quando souberem maiores detalhes.

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Mais sobre Eric:
https://en.wikipedia.org/wiki/Eric_Wagner

Chamon (1960-2021)

Chamon

Faleceu em 22.08.2021 o cantor Elias Chamon Filho, o Chamon. No Dicionário Cravo Albin:

Nascido em 08/04/1960 em Castelo, ES, Chamon iniciou a carreira artística na década de 1980, como integrante do grupo vocal Garganta Profunda, com o qual lançou os discos “Orquestra de Vozes Garganta Profunda”, em 1986, e “Yes, nós temos Braguinha, em 1987. Neste ano, participou dos shows de lançamento do LP “Yes, nós temos Braguinha”, ao lado do próprio compositor homenageado no disco. Também em 1987, participou de alguns espetáculos dedicados a levantar a memória da MPB, como “O cordão dos puxa-sacos”, escrito e dirigido por Ricardo Cravo Albin para a série “Carnavalesca”, da antiga Sala Sidney Miller, da Funarte. Nesse show, em que era perfilada quase toda a obra do compositor Roberto Martins, também em cena, exibiu-se ao lado do próprio homenageado e da cantora Marília Barbosa.

De 1989 a 1991, atuou em musicais no Palladium (SP), ao lado de Miele, Rosemary, Dercy Gonçalves e Toni Ramos, sob a direção de Aberlardo Figueiredo.

Retornando ao Rio, em 1991, participou, ao lado de Zeca Pagodinho, Gal Costa, Paulinho da Viola, Ney Matogrosso e D. Ivone Lara, entre outros, da gravação do CD em comemoração dos 80 anos de Mário Lago.

Em 1992, estreou o show “Meus velhos amigos”, cantando músicas de Herivelto Martins, Lamartine Babo, Braguinha, Roberto Martins, Alcyr Pires Vermelho e Mário Lago, entre outros compositores da chamada Época de Ouro da Música Popular Brasileira. Nesse mesmo ano, começou a viajar pelo Brasil, ao lado de Mário Lago, com o espetáculo “Histórias da Música”, totalizando mais de 500 apresentações. Era apresentado pelo compositor como “A voz que os anjos imitam quando querem cantar”.

Em 1996, gravou o CD “Me abraça”, produzido por Roberto Santana.

Chamon

Ao longo de sua trajetória artística, participou de gravações com Nelson Sargento, Noca da Portela, Velha Guarda da Mangueira, Chico Batera e Marvio Ciribelli. Em seus shows, dividiu o palco com vários artistas, como D. Ivone Lara, Moacyr Luz, João Nogueira, Zé Renato, Frejat, Lenine, Rolando Boldrin, Angela Maria, entre outros.

Como ator, integrou o elenco dos espetáculos “A Traviata”, sambópera de Augusto Boal e Marcos Leite, “Guerra dos sexos”, “O homem, a mulher e a aposta”, de Maria Helena Kúnher, e “A Missa dos Quilombos”, musical de Milton Nascimento e Pedro Tierra, dirigido Luis Fernando Lobo.

Homenageando o amigo com quem trabalhou durante mais de 10 anos, apresentou-se, em 2005, no Teatro Municipal de Niterói para gravar ao vivo um CD exclusivamente dedicado à obra de Mário Lago. A seu lado, a Velha Guarda da Mangueira, a atriz Bete Mendes e Mário Lago Filho, como convidados especiais, e ainda Marvio Ciribelli (arranjos e piano). No repertório, clássicos como “Amélia”, “Atire a primeira pedra” e “Aurora”, entre outras, além de três canções inéditas do compositor: “Põe mais água no feijão”, “Não tem mais jeito” (c/ Mário Lago Filho) e “Canção da presença”, esta última feita em homenagem ao próprio cantor.

Mais informações sobre a carreira de Chamon em

https://dicionariompb.com.br/chamon/dados-artisticos
https://br.linkedin.com/in/chamon-filho-26868940
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chamon
https://www.facebook.com/chamon.filho

Texto de Jorge Chamon no Facebook:

Hoje faço uma reflexão que venho tentando fazer conversando com Deus, dos tempos de hoje de modo geral, pandemia e mortes em massa, pessoas que se vão em um piscar de olhos sem as vezes termos a oportunidade de despedida, e quando temos a oportunidade de nos despedirmos, a dor causada por essa demora traz consigo um sofrimento que chega a ser uma tortura. Mas e aí? O que faremos de diferente, como cuidaremos e amaremos uns aos outros para que vida seja mais leve e amor prevaleça mesmo no absurdo interminável da dor doença, da dor da partida?

Impossível não lembrar de Lico (Elias Chamon Filho Filho) que nos deixou ontem aos 63 anos, em um câncer devastador em apenas 10 meses, sem lembrar do Rafael Chamon (Rafael Martinez Chamon) seu irmão mais novo, que nos deixou em fevereiro de 2019, há apenas 1 ano e meio, com 58 anos, também vítima de um câncer destruidor com pouco mais ou menos que 10 meses. É muito cruel e muito rápido.

E não dá pra falar que essa família gigante, alegre pra caramba que ama estar juntos não tenha Fé suficiente pra que Deus nos dê uma chance. Aceitar e Agradcer os momentos juntos amarmos muito a cada segundo a cada um e dizer o quanto nós amamos, suportar as diferenças e relevar tudo que for necessário é mais importante, eu acho pelo menos, não sou Deus e nem tenho a menor vocação pra ser, relevar e cultivar esse amor sabendo que nada disso é uma questão de merecimento, a doença não escolhe o bonzinho ou o malzinho, o que teria feito a pobre criança que nasce com essas doenças e deficiências? Deus é Infinitamente bom e Justo? Cara, eu acredito que sim, e essas dores absurdas, transformam alguns seres humanos em heróis e estes hoje, eu quero homenagear em vida e a cada dia, dizendo que eu os amo muito.

@hannahchamon_ , @pechamon, @helenachamon, @VitorChamon e @larachamon e @liviachamon Chamon, por tudo que passaram e sofreram, e pelo que estão sofrendo dizendo que jamais estarão esquecidas e sempre poderão contar conosco, sempre!

Pai @chamoneto, te amo muito mesmo cara, @elineschamon Pinha, também te amo muito sua maluca, @doloreschamon te amo muito e Xinha @fatimachamon , te amo Xinha….a vida é assim, e quanto mais forte e juntos estivermos, mais fácil será.

No Facebook, uma das muitas homenagens:

Sobre a despedida:

Entrevista de 2016:

Paulo Rafael (1955-2021)

Paulo Rafael

De acordo com o portal G1, o músico pernambucano Paulo Rafael, referência da guitarra no país, morreu, aos 66 anos, em 23.08.2021:

Paulo fazia parte da banda de Alceu Valença e do Ave Sangria. Segundo parentes, Paulo estava internado e em tratamento de um câncer no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, onde faleceu.

Natural de Caruaru, no Agreste pernambucano, o músico começou a carreira nos anos de 1970 no Recife, como integrante da banda Ave Sangria. O grupo produzia rock com raízes nordestinas e, há sete anos, retomaram as atividades e lançaram um novo disco.

O guitarrista teve uma parceria de mais de 40 anos com Alceu Valença, além de várias participações em projetos e como produtor de artistas consagrados, com Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho e Lobão. Foi ele quem escreveu o arranjo da faixa “Vaca profana”, de Caetano Veloso, gravado por Gal Costa.

O músico deixou esposa, neta e filha. O velório foi marcado para o Cemitério da Penitência, a partir das 11h, com cremação prevista para as 13h15, no Rio de Janeiro.

Por meio de uma rede social, a cantora Elba Ramalho prestou homenagem ao guitarrista. “Amigo e parceiro musical em tantos momentos icônicos da música brasileira”, escreveu. Ela declarou, ainda, que vai sentir falta da “guitarra doce e pontual selada na obra de Alceu Valença, com quem você caminhou nas últimas décadas”.

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No site Radio Jornal:

Ave Sangria é um conjunto musical brasileiro de rock psicodélico, um dos principais expoentes da cena musical psicodélica pernambucana dos anos 1970.

Inicialmente chamado de Tamarineira Village (em referência ao Greenwich Village de Nova York e ao bairro da Zona Norte do Recife), o conjunto mudou de nome por sugestão de uma cigana que os integrantes conheceram no interior da Paraíba.

As últimas performances da Ave Sangria ocorreram em 1974. No entanto, em 2019, 45 anos após o lançamento do primeiro álbum, o grupo voltou ao mercado fonográfico com Vendavais, disco que contava com três integrantes da formação original: Almir, Marco Pólo e Paulo Rafael.

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No Diário de Pernambuco:

Natural de Caruaru, no Agreste pernambucano, Paulo Rafael começou sua carreira na década de 1970 em Recife com a banda Ave Sangria. Logo se tornou um dos principais instrumentistas do rock psicodélico local, no movimento contra-cultural conhecido como Udigrudi, e do gênero no país inteiro. Na época, a banda lançou apenas um disco homônimo, de 1974, que foi censurado pela ditadura. A sua sonoridade, porém, foi ganhando novos fãs a cada geração, levando o grupo a se reencontrar em 2014 para gravar um novo lançamento, intitulado Vendavais.

Paulo Rafael

Além da banda, Paulo também participou de outros projetos aclamados da cena psicodélica, como o álbum Paêbirú (1975), de Lula Côrtes e Zé Ramalho, e produziu álbuns solo como sua estreia Caruá (1976), com Zé da Flauta e Lenine (ainda percussionista na época). Contudo, a parceria mais famosa de sua carreira foi com o músico e cantor Alceu Valença, com o qual tocou e produziu vários dos seus discos. Os dois se conheceram em Olinda, enquanto Paulo tocava com o Ave na rua, em frente à Igreja da Misericórdia. Após mais alguns encontros, Alceu convenceu os pais de Paulo a deixarem ele viajar para o Rio de Janeiro para tocarem em um festival. Desde então, a troca de influências se tornou rotina entre os dois, Paulo trazendo a força da guitarra e do rock, e Alceu colocando a tradição violeira regional.

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