GRÁTIS – Orquestra formada por músicos demitidos da OSB e amigos – 30.04.2011

Orquestra formada por músicos demitidos da OSB e amigos.
Cristina Ortiz, piano. Osvaldo Colarusso, regente.
Programa não enviado.

Escola de Música da UFRJ / Salão Leopoldo Miguez
Rua do Passeio, 98 – Centro. Tel.: (21) 2240-1391.
Sábado, 30 de Abril de 2011, às 19:00. Grátis.

GRÁTIS – Série Música no Museu – 30.04.2011

Lícia Lucas, piano.

Programa:
– Domenico Scarlatti: Sonata em Si bemol maior; Sonata em ré menor; Sonata em Ré maior.
– Brahms: Variações sobre um tema de Paganini.
– Chopin: Fantasia-Improviso.
– Liszt: Soneto do Petrarca N. 123 e N. 104.
– Debussy: L´isle joyeuse.
– Manuel de Falla: Danza ritual del fuego.

Palácio São Clemente
R. São Clemente, 424 – Botafogo. Tel.: (21) 2253-8645.
Sábado, 30 de Abril de 2011, às 18:00. Grátis.

GRÁTIS – Temporada de Concertos do Grupo Prelúdio 21 – 30.04.2011

Grupo Novo da UNIRIO (GNU): Diana Maron, soprano. Maria Carolina Cavalcanti, flauta. Vicente Alexim, clarinete. Ayran Nicodemo, violino. Murilo Alves, violoncelo. Gabriel Lucena, violão. Pablo Panaro e Antonio Ziviani, pianos. Marcos Lucas, diretor musical e regente.

Grupo Prelúdio 21: Alexandre Schubert, Caio Senna, J. Orlando Alves, Marcos Lucas, Neder Nassaro e Sergio Roberto de Oliveira, compositores.

Programa:
– Sergio Roberto de Oliveira: Cartas de amor.
– Marcos Lucas: Cores de rosa.
– Neder Nassaro: Nada, ponto, nó.
– J. Orlando Alves: Intercâmbios.
– Alexandre Schubert: Quatro miniaturas.
– Caio Senna: A glória da Criação está em sua infinita diversidade.
– Eivind Buene: Ultrabucolic studies.

Centro Cultural Justiça Federal (CCJF)
Av. Rio Branco, 241 – Centro. Tel.: (21) 3261–2550/2587.
Sábado, 30 de Abril de 2011, às 15:00. Grátis.

GRÁTIS – Programa Sala de Concerto – 29.04.2011

Trio UFRJ (Marco Catto, violino. Mateus Ceccato, violoncelo. Luciano
Magalhães, piano). Lauro Gomes, apresentador.

Programa:
– Shostakovich: Trio N. 2 em mi menor Op. 67.
– Brahms: Trio N. 2 em Dó maior Op. 87.

Rádio MEC / Estúdio Sinfônico Maestro Alceo Bocchino
Praça da República, 141-A – Centro. Tel: (21) 2117-7800.
Sexta, 29 de Abril de 2011, às 17:00. Grátis.

GRÁTIS – Série Música no Museu – 29.04.2011

Manuelai Camargo, soprano. Cyro Delvizio, violão.

Programa:
– Carlos Gomes: Quem sabe?
– Alberto Nepomuceno: Trovas N. 1; Coração triste.
– Celeste Jaguaribe: Trovas.
– Barrozo Netto: Canção da felicidade.
– Alberto Costa: Canto da saudade.
– Lorenzo Fernandez: Noite de Junho.
– Villa-Lobos: Nesta rua; Veleiros, Melodia sentimental (do balé “Floresta do Amazonas”).
– Waldemar Henrique: Cobra grande, Foi boto sinhá, Uirapuru (de “Lendas amazônicas”).
– Cláudio Santoro: Canções de amor; Pregão da saudade; Em algum lugar.
– Ronaldo Miranda: Três Canções de Inês; Cantares.

Museu Histórico Nacional
Pça. Marechal Âncora, s/n – Centro. Tel.: (21) 2550-9220.
Sexta, 29 de Abril de 2011, às 12:30. Grátis.

GRÁTIS – Sombrinha – 29.04.2011

Autodidata, o ex-integrante do Fundo do Quintal encarou o violão de sete cordas aos 14 anos. Quatro anos mais tarde já gravava com o mito Baden Powell (1937-2000) e com o grupo Originais do Samba. Na carreira-solo, Sombrinha relembra algumas do tempo do grupo. Livre.

Teatro Sesi
Avenida Graça Aranha, 1, Centro, 2563-4163, Cinelândia.
Sexta (29), 12h30. Grátis (350 lugares).
Distribuição de senhas uma hora antes.

Luciana de Moraes (1956-2011)

Luciana de Moraes

Luciana de Moraes

Com bastante pesar, informamos que a filha do compositor Vinícius de Moraes, Luciana de Moraes, de 55 anos, foi encontrada morta, na manhã desta quinta-feira, 28.04.2011, após cair da janela do apartamento onde morava na Rua Visconde de Albuquerque, no Leblon, na Zona Sul. Do site do jornal O Dia:

Segundo a polícia, Luciana teria sido encontrada com feridas feitas por faca no corpo.

Os bombeiros ainda foram chamados para prestar socorro, mas Luciana já estava morta. A filha de Vinicius morava com a companheira e um afilhado.

A nota foi encontrada aqui.

Luciana de Moraes

Luciana de Moraes

Luciana nasceu em 1956 e era uma das várias filhas mulheres de Vinicius de Moraes. Sua primeira filha, Susana, nasceu em 1940. Em 1942 nasceu Pedro, em 1953 Georgiana. Vinicius ainda teve mais uma filha, nascida em 1970, chamada Maria.

Luciana era filha de Vinícius com sua segunda mulher, Lila Bôscoli, bisneta da compositora Chiquinha Gonzaga. O velório está marcado para as 16h30, na capela 1 do Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul. O enterro será ao meio-dia de sexta-feira, 29.04.2011, no mesmo local.

Site oficial de Vinicius de Moraes:
http://viniciusdemoraes.com.br/

Entrada do prédio

Entrada do prédio

O portal G1 conta que, de acordo com o comandante do 23º BPM, tenente-coronel Frederico Caldas, o corpo foi encontrado, por volta das 7h30, na calçada em frente ao prédio onde ela morava, na Avenida Visconde de Albuquerque, no Leblon:

Segundo informações da PM, Luciana teria cortado os pulsos e se jogado pela janela. Peritos estão no local para investigar a causa da morte.

A nota foi encontrada aqui.

Luciana de Moraes recebendo do ex-presidente Lula uma homenagem relativa ao pai em agosto de 2010 (foto: Eraldo Peres)

Luciana de Moraes recebendo do ex-presidente Lula uma homenagem relativa ao pai em agosto de 2010 (foto: Eraldo Peres)

Neusinha Brizola (1954-2011)

Neusinha Brizola

Neusinha Brizola

A cantora Neusinha Brizola morreu nesta quarta-feira [27.04.2011] na Clínica São Vicente, na Gávea (Zona Sul do Rio). Segundo informações médicas, Neusa Maria Goulart Brizola, caçula dos três filhos de Leonel Brizola, estava internada desde domingo e não resistiu a complicações pulmonares em consequência de hepatite:

Neusinha ficou muito conhecida por suas polêmicas e por seu envolvimento com drogas. Em 1983, posou para a Playboy, o que obrigou seu pai a suspender a publicação da revista. Neusinha também envolveu-se com drogas, chegando a ser internada e presa.
Há 10 anos, no entanto, as drogas, segundo ela, haviam ficado no passado.

Leia mais clicando aqui.

Leia mais sobre a cantora no Wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Neusinha_Brizola

No Globo Online:

Ex-cantora, Neusa Maria Goulart Brizola tinha 56 anos e, segundo o blog, estava internada desde o último domingo na Clínica São Vicente, no Rio, com complicações pulmonares decorrentes de uma hepatite.

Cantora do hit “Mintchura”, sucesso no início dos anos 80, a filha de Brizola chegou a ser suspeita de tráfico de drogas e formação de quadrilha em 1990. Ela e mais quatro pessoas teriam vendido 1,8 quilo de cocaína para um holandês que embarcaria para Amsterdã. Neusinha morou na Holanda por seis anos, até 1991. Este foi apenas um dos escândalos em que se envolveu, desde o o primeiro mandato de Brizola no governo do Rio, entre 1983 e 1987. Um deles foi um posar para um ensaio para a revista Playboy. A publicação foi suspensa por Brizola. Em agosto de 1993, quase parou na delegacia depois de brigar com a sua empregada, Rose Alves, por causa de um cachorro.

Desgostosa com os rumos tomados pelo partido fundado por seu pai, Neusinha Brizola se desfiliou do PDT em 2007 e filiou-se ao PV. Em 2008, lançou-se como produtora cultural. Na mesma época, submeteu-se a uma plástica rejuvenescedora no rosto e colocou megahair para estender os cabelos quase até a cintura.

Neusinha tinha dois filhos, Paulo César e Layla; e dois netos, Túlio e Breno. Segundo Brizola Neto, sobrinho dela, a ex-cantora será sepultada em São Borja, no Rio Grande do Sul, onde foram enterrados seus pais.

Leia mais em:

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/04/27/morre-neusinha-filha-do-ex-governador-do-rio-leonel-brizola-924332883.asp

Na coluna de Bruno Astuto no jornal O Dia de 28.04.2011:

Muito se falou ontem das loucuras, da rebeldia e das peripécias de Neuzinha Brizola — tudo verdade, sua fase animada foi a quintessência da geração 80’s —, mas, no leito de morte, ela pediu mesmo foi a presença de um padre, para lhe dar a extrema-unção, já antevendo que perderia a batalha para a hepatite C. Neuzinha era católica fervorosa…

Nunca vou esquecer nossa última entrevista, em que a intérprete de ‘Mintchura’ e ‘Zumbi’ me disse que estava encantada por Amy Winehouse. “Me vejo nela, fui até o limite igual. Não sou uma pessoa de dar conselhos, mas diria à Amy: ‘siga em frente que você está arrasando. Você canta muito bem’. As pessoas falam coisas dela que ninguém sabe se é verdade, como falavam de mim”. Essa também era Neuzinha.

Entre seus últimos projetos, que não paravam de ferver em sua mente altamente criativa, estavam três filmes sobre o pai, o ex-governador Leonel Brizola, em formato de ficção, que seriam seu début nos bastidores do cinema — a cantora tinha feito uma participação em ‘As 7 Vampiras’, de Ivan Cardoso. E também trazer ao Brasil shows de metaleiros internacionais e produzir peças. “Acho que, no final, com toda loucura, tudo deu certo. E vem mais por aí; me aguardem”, disse-me Neuzinha. O plano espiritual deve estar um fervo só…

Leia a coluna completa clicando aqui.

GRÁTIS – Ana Costa – 28.04.2011

Cantora da música-tema dos jogos Pan-Americanos do Rio, Ana apresenta o repertório de seu segundo disco, Novos Alvos, produzido por Alê Siqueira. Juntos, eles conferiram arranjos acústicos para sambas próprios. A faixa-título é resultado de uma parceria de Ana com Mart´nália e Zélia Duncan. Ela sobe ao palco escoltada por Nailson Simões (bateria), Julio Florindo (baixo), Cadu Mendonça (guitarra e violão), Tuca Alves (violão e cavaco), Bianca Calcagni e Silvão Silva (percussões). Livre.

Auditório do BNDES
Avenida Chile, 100, Centro, 2172-7757.
Quinta (28), 19h. Grátis (300 lugares).
Distribuição de senhas uma hora antes.

GRÁTIS – Quartas Clássicas com a Orquestra Sinfônica Brasileira – 27.04.2011

Claudia Nascimento, flauta. Jorge Postel-Pavisic, oboé. Tiago Naguel e Thiago Tavares, clarinetes. Luiz Felipe Destéfano, fagote. Luiz Garcia, trompa. Byron Hitchcock e Wagner Rodrigues, violinos. Diemerson Sena viola. Martina Ströher, violoncelo.

Programa:
– Janácek: Mladi (Juventude) para sexteto de sopros.
– Dvorák: Quarteto de cordas N. 12 em Fá maior, Op. 96 “Americano”.

BNDES / Auditório
Av. Chile, 100 – Centro. Tel.: (21) 2172-7770.
Quarta, 27 de Abril de 2011, às 13:00. Grátis.

Phoebe Snow (1950-2011)

Phoebe Snow

Phoebe Snow

De acordo com a Folha Online, a cantora americana Phoebe Snow, 60, morreu nesta terça-feira [26.04.2011] Estados Unidos aos 60 anos:

Segundo seu representante disse ao Los Angeles Times, Snow tinha sofrido um derrame em janeiro de 2010 e desde então ficou em coma induzido.

A cantora ficou conhecida nos anos 70 pelo hit “Poetry Man” e por emprestar sua voz para diversos comerciais da época.

Leia mais clicando aqui.

Norio Ohga, o pai do CD (1930-2011)

Norio Ohga

Norio Ohga

Considerado um dos principais impulsores do CD, formato que a Sony desenvolveu com a holandesa Royal Philips Electronics, Norio Ohga faleceu no último sábado, 23.04.2011:

O japonês Norio Ohga, ex-presidente da gigante eletrônica Sony e um dos grandes promotores do CD, morreu neste sábado aos 81 anos em um hospital em Tóquio.

Ohga foi presidente da Sony entre 1982 e 1995, período em que a companhia teve um grande avanço no cenário mundial e contribuiu para diversificar suas atividades, além de eletrônica, entrou no ramo de cinema e música. Sob sua Presidência, no final dos 80, o grupo japonês adquiriu a divisão fonográfica do selo americano CBS e a Columbia Pictures Entertainment, um dos grandes estúdios da era dourada de Hollywood e atualmente uma das principais produtoras e distribuidoras de cinema do mundo.

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Rui Biriva (1958-2011)

Rui Biriva

Rui Biriva

De acordo com o site do Jornal do Brasil, Rui Biriva (Rui da Silva Leonhardt), cantor e compositor dos valores do campo muito conhecido no Rio Grande do Sul, faleceu nesta segunda-feira, 25.04.2011, às 22h45, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre:

A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do local.

O músico, que lançou mais de dez álbuns em quase 30 anos de carreira, deu entrada na emergência do hospital no dia 14 de abril com um tumor no intestino grosso. Estava internado desde então.

Natural de Horizontina, Rui era um dos grandes nomes da música regional e colecionou inúmeros prêmios – entre eles, o Troféu Guri, da RBS, e o Top of Mind, da Revista Amanhã (categoria Cantores Regionais). Em 2000, ainda fez uma turnê de 20 dias em Portugal.

As composições de Rui, que também apresentava programas em estilo rural em rádios, chegaram a ser gravadas por Daniela Mercury, Os Nativos e Dalvan.

A nota foi encontrada aqui.

Leia também no Terra:

http://musica.terra.com.br/noticias/0,,OI5094727-EI1267,00-Cantor+gaucho+Rui+Biriva+morre+aos+em+Porto+Alegre.html

Sobre Rui Biriva no Wikipedia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rui_Biriva

GRÁTIS – Três eventos no Rio em 26.04.2011

Terça, 26.04.2011, 17h
– Unirio/ Sala Villa-Lobos – Grátis
Bartholomeu Wiese, violao. Nicolas de Souza Barros, violao de oito
cordas. No repertório, Radames Gnattali, Jose Siqueira e outros.

Terça, 26.04.2011, 18h
– Museu do Exército / Forte de Copacabana – Grátis
Grupo Kaleidos. No repertório, Carriello (Quinteto em Do maior para
flauta doce, dois violinos, viola e violoncelo), entre outros.

Terça, 26.04.2011, 18h30
– Espaço Cultural Finep – Grátis
Sávio Santoro, viola. Flavio Augusto, piano. No repertório, Eli-Eri
Moura, Liszt, Nino Rota, Brahms, entre outros.

Caso ECAD: Milton Coitinho dos Santos é falsário ou apenas usado como laranja ?

Direito de autor é declaratório ? Se for, dá para entender uma grave fraude tornada pública ontem [25.04.2011]: um homem procurou, tempos atrás, a sede da UBC/MG declarando-se autor, produtor e intérprete de diversas trilhas audiovisuais. Para provar, enviou então à UBC uma série de fichas técnicas (as chamadas cue sheets) onde reivindica a autoria destas trilhas (que já sabia não serem registradas) pertencentes a filmes de Glauber Rocha, José Mojica Marins e Anselmo Duarte… Está feita a fraude: de acordo com matéria de André Miranda no Globo Online, o Ecad repassou quase R$ 130 mil para o falsário Milton Coitinho dos Santos sem saber que ele era um falsário.

Muitos foram os lesados. Coitinho registrou como de sua propriedade trilhas sonoras de filmes como O Pagador de Promessas (1962), de Anselmo Duarte; Macunaíma (1969), de Joaquim Pedro de Andrade; Finis hominis (1971), de José Mojica Marins; Feliz Ano Velho (1987), de Roberto Gervitz; Pequeno Dicionário Amoroso (1997), de Sandra Werneck; e O Homem Que Desafiou o Diabo (2007), de Moacyr Góes. Pelo menos.

A reportagem do Globo Online:

Ninguém no Brasil ouviu falar em Milton Coitinho dos Santos, mas, de acordo com o sistema de músicas do Escritório Central de Arrecadação de Direitos (Ecad), ele deveria ser um dos mais prolíferos e conhecidos autores de trilhas sonoras para cinema de que se tem notícia. Suas composições viriam de clássicos dos anos 1960 até comédias recentes deste século. Ele teria trabalhado com Glauber Rocha, José Mojica Marins e Anselmo Duarte. E, por essas supostas trilhas, foi recompensado. Em 2009, Coitinho recebeu R$ 33.364,87 de direitos autorais do Ecad. Em 2010, foram R$ 94.453,42. No total, o escritório pagou ao “compositor” R$ 127,8 mil pelas exibições de 24 filmes nos últimos dois anos. Só que Coitinho, na realidade, foi o autor de outro tipo de obra: ele representa a maior fraude já descoberta dentro do sistema de distribuição de direitos autorais do Ecad.

(…) O Ecad cortou os repasses para Coitinho em janeiro e agora estuda uma maneira de processá-lo. O problema é encontrar o falsário – se é que ele existe. De acordo com Marisa Gandelman, diretora executiva da UBC, Coitinho registrou as trilhas sonoras no escritório da associação em Minas Gerais. Hoje, porém, não haveria informações sobre seu paradeiro. Em trocas de e-mails entre representantes de associações, falou-se que ele poderia ter ido para o exterior.

(…) A revelação do esquema de Coitinho coincide com o debate sobre a reforma da Lei do Direito Autoral. Hoje, o projeto que foi preparado
pela gestão anterior do Ministério da Cultura (MinC) volta para consulta pública, a fim de receber sugestões até 30 de maio. Diferentemente do que ocorreu em julho do ano passado, quando o MinC fez a primeira consulta, porém, os internautas não terão acesso às contribuições de terceiros.

Leia a matéria completa clicando aqui.

Leia também:
Fraude no ECAD acirra debate

A UBC descobriu a fraude em janeiro de 2011 e, desde então, não tem ideia do paradeiro de Coitinho. A advogada Gloria Braga, superintendente do Ecad, declarou:

“Importante tornar público que já foram realizados ajustes de débito para todos os filmes denunciados. Os créditos aos verdadeiros autores do filme Romance serão feitos ainda no mês de abril. Em maio estão previstos outros dois ajustes para os filmes: Didi Quer Ser Criança e O Homem Que Desafiou o Diabo. O Ecad aguarda a regularização da ficha técnica dos demais filmes citados para acertar o pagamento de direitos autorais pendentes e retroativos”.

Update 27.04.2011 – Em relação ao repasse de direitos autorais ao Sr. Milton Coitinho por autoria de trilhas sonoras de filmes o ECAD esclarece:

“Os verdadeiros autores das trilhas de obras audiovisuais não serão lesados e receberão o direito autoral referente a execução de suas músicas assim que a catalogação for regularizada nas respectivas associações de música. Importante tornar público que já foram realizados ajustes de débito para todos os filmes denunciados. Os créditos aos verdadeiros autores do filme “Romance” serão feitos ainda no mês de abril. Em maio estão previstos outros dois ajustes para os filmes: “Didi quer ser criança” e “O homem que desafiou o diabo”. O Ecad aguarda a regularização da ficha técnica dos demais filmes citados para acertar o pagamento de direitos autorais pendentes e retroativos. Vale ressaltar que é imprescindível que o artista mantenha atualizado em sua associação o repertório de sua autoria. No caso dos filmes, especificamente, a ficha técnica é levada ao sistema com base num documento preparado pelo produtor do filme.

Desde 2009, o Ecad, por intermédio da União Brasileira de Compositores (UBC), vem investigando através de auditorias e processos internos os créditos do Sr. Milton Coitinho dos Santos. Um vez identificada a fraude, a UBC iniciou um processo administrativo interno para a exclusão do fraudador de seu quadro social. O falso autor também está sendo processado criminalmente. Além disso, a UBC solicitou ao Ecad o imediato cancelamento dos cadastros e consequentemente um lançamento de debito em nome do Sr. Milton Coitinho no valor igual ao que ele havia recebido. Os valores que ficaram pendentes de pagamento na UBC foram todos devolvidos ao ECAD e serão repassados aos verdadeiros autores das obras em questão.

Importante dizer que enquanto o processo administrativo estava em andamento o Sr. Milton Coitinho e sua procuradora foram notificados judicialmente para darem explicação e devolverem as quantias recebidas. As notificações não foram respondidas e o Sr. Milton Coitinho nunca mais foi encontrado no endereço que consta do seu cadastro na UBC. Tal atitude foi entendida como comprovação de sua má-fé. Caso não seja encontrado pela Justiça, ele será julgado à revelia.

Para entender o caso: O suposto autor se dirigiu à unidade de MG da UBC e afirmou ser autor, produtor e interprete de trilhas de obras audiovisuais. Considerando que o direito é declaratório, havendo presunção em favor daquele que se declara autor, cabendo apenas prova em contrário, não haveria razão para não aceitar as declarações dele. Sendo assim, o Sr. Milton Coitinho passou a enviar para a UBC uma série de cue sheets (fichas técnicas) nos quais se declarava autor de grande parte das obras, sem deixar, no entanto, de declarar a autoria de outras pessoas, aquelas que acreditamos serem os verdadeiros autores.

De posse desta documentação e, como não havia outras referências na base de dados para aqueles filmes especificamente, não foi levantada duplicidade e os créditos pendentes foram liberados em favor daqueles que apareciam nos documentos elaborados pelo Sr. Milton Coitinho.

O Ecad e as associações de música frisam que não houve e nem haverá qualquer prejuízo aos verdadeiros autores das músicas executadas nos filmes em questão.

Na certeza de que, em breve, veremos os fatos esclarecidos.”

Atenciosamente,
Gloria Braga
Superintendente Executiva do Ecad

Update 01.05.2011 – A Folha de São Paulo encontrou Milton Coitinho:

Um homem que nunca compôs uma só canção e não toca nenhum instrumento musical consta como beneficiário de R$ 127,8 mil em direitos autorais de 24 trilhas sonoras do cinema nacional.

Encontrado pela Folha na garagem da empresa de ônibus onde trabalha, em Bagé, o motorista Milton Coitinho dos Santos, 46, demonstrou surpresa ao ser questionado se compusera as trilhas que o Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) lhe atribui: “Eu? Não toco violão, viola nem essa gaita aqui [referindo-se ao acordeon usado na região]”.

O CPF e o número de identidade de Coitinho constam como destinatário dos pagamentos feitos em 2009 (R$ 33.364) e 2010 (R$ 94.453), mas seu padrão de vida é humilde: mora em uma casa modesta numa rua de terra na periferia de Bagé com a família e dirige um Gol 1996.

Trabalha há três anos na Kopereck Turismo como motorista, onde recebe salário de R$ 1.030 por oito horas diárias transportando trabalhadores de Bagé à usina termelétrica em Candiota (RS). “Se eu tivesse recebido esses R$ 130 mil não estava aqui dirigindo ônibus, né?

Alguém só pode estar usando meu nome”, afirmou. Em 2009, alguém usou os dados de Coitinho para registrá-lo na União Brasileira dos Compositores, uma das entidades que formam o Ecad, como autor das trilhas sonoras de “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964) e “Terra em Transe” (1967), de Glauber Rocha. Até a trilha de “O Pagador de Promessas” (1962), de Anselmo Duarte, produzido dois anos antes de o motorista nascer, foi incluída.

Um dos rastros deixados pelos fraudadores foi uma ficha de filiação do falso Coitinho à UBC. No documento, o nome, os números da cédula de identidade e do CPF coincidem com o de Coitinho.

Nada mais confere: o “compositor” diz no documento que nasceu em Porto Alegre em 1940, mas o verdadeiro Coitinho nasceu em Bagé em 1964. A foto mostra um homem de aspecto mais velho que o do motorista. A ficha da UBC e uma procuração em nome da estudante Bárbara de Mello Moreira para que ela recebesse os valores dos direitos autorais contêm assinaturas de Coitinho, mas elas não conferem com as do condutor. Coitinho disse que não conhece Bárbara Moreira e que jamais morou no exterior, como diz o registro do Ecad.

A matéria foi encontrada aqui.