Evaldo Gouveia (1928-2020)

Evaldo Gouveia

De acordo com o site do jornal O Povo, o compositor e trovador Evaldo Gouveia morreu na noite de 29.05.2020 aos 91 anos:

O artista, que há alguns anos convivia com as consequências de um acidente vascular cerebral, foi contaminado pela Covid-19 e não resistiu às complicações. O cearense deixa um legado robusto e apaixonado.

Do menino de oito anos que cantava na radiadora da Praça da Estação de Iguatu ao trovador que conquistou o Brasil com palavras e melodias. Evaldo Gouveia de Oliveira nasceu em 8 de agosto de 1928 no município de Orós e desde cedo sentia que, eventualmente, conquistaria o País. “Eu ia pro pezinho do rádio e pegava a letra, o tom. Eu já nasci artista”, dividiu em entrevista às Páginas Azuis do O POVO, publicada em 16 de agosto de 2010. A partir de “Deixe que Ela se Vá” (1957), primeira composição de sua autoria, escreveu sentimentos e melodias intensas que reverberam até hoje no cancioneiro nacional popular e nos corações dos românticos. Entre elas, despontam “Tango de Teresa”, “Sentimental”, “Brigas”, “Bloco da Solidão e “O Trovador” – para citar somente algumas, pois entre as mais de mil composições acumulam-se sucessos.

A mudança de Iguatu para Fortaleza se deu mais para o fim da infância de Evaldo, lá para os 11 anos. Na Capital, participou de um concurso de calouros cantando “Caminhemos”, de Herivelto Martins, onde ganhou o prêmio principal. Era um prelúdio da atuação que viria alguns anos depois junto ao Trio Nagô, o começo da carreira profissional do artista.

Evaldo Gouveia e o grande parceiro Jair Amorim, 1972

Seguiu no contato com a arte e, na certeza de que seria artista, acabou sendo contratado pela Ceará Rádio Clube, onde uniu-se a Mário Alves e Epaminondas de Souza para formar o conjunto. Foi a partir daí que alçou maiores voos e desbravou Rio de Janeiro e São Paulo. Acabaram contratados pela Rádio Nacional.

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Em 1958, Evaldo Gouveia conheceu Jair Amorim, que se tornaria seu principal parceiro. Com ele compôs inúmeras canções como “Alguém me disse”, interpretada por Anísio Silva, “Conversa”, gravada por Alaíde Costa em 1959, além de “Brigas” e “O Trovador”, popularizadas na voz de Altemar Dutra.

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Em 1974, a escola de samba Portela desfilou no carnaval do Rio de Janeiro com o samba-enredo “O Mundo Melhor de Pixinguinha“, composição de Jair Amorim e Evaldo Gouveia.

Jimmy Cobb (1929-2020)

De acordo com o portal G1, Wilbur James Cobb, conhecido no meio musical como Jimmy Cobb, morreu em 24.05.2020 aos 91 anos:

Em entrevista à rádio americana NPR, a mulher do músico, Eleana Tee Cobb, informou que ele morreu por causa de um câncer no pulmão.

A longeva e produtiva carreira musical do baterista inclui a gravação do disco “Kind of Blue”, de Miles Davis. Lançado em 1959, o álbum é o mais vendido na história do jazz.

Jimmy Cobb era o último músico sobrevivente do grupo que gravou o projeto. Completavam o time o saxofonista John Coltrane, o baixista Paul Chambers, o pianista Bill Evans, além de Julian Cannonball Adderley no saxofone alto.

Jimmy Cobb

Autodidata, Cobb nasceu em Washington, em janeiro de 1929 e começou a tocar aos 18 anos. O músico iniciou seu contato com Davis na década de 1950, quando se estabeleceu em Nova York em busca de oportunidades profissionais.

Segundo o jornal “El País”, Cobb recebeu US$ 70 pela sessão de gravação do disco na época e nunca recebeu royalties.

Além de trabalhar ao lado do trompetista, Cobb também gravou junto a Cannonball Adderley, Wes Montgomery, Dizzy Gillespie, Dinah Washington, Pearl Bailey, entre outros grandes nomes do jazz.

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