José Briamonte (1931-2022)

José Briamonte

Texto de Gerdal de Paula sobre o músico José Briamonte, falecido em abril de 2022:

Bastaria apenas o envolvente “Tema de Cristina”, ilustrativo da personagem de Tônia Carrero na novela “Pigmaleão 70”, para o paulistano José Briamonte (foto) ter saído da TV Globo, na ocasião, para entrar na história instrumental da MPB. Pianista e maestro, discípulo de Luiz Arruda Paes e formado, em 1956, pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, revelou, por muitos anos, o brilho da sua participação no meio, sobretudo como arranjador e diretor musical atuante em discos e shows de artistas de estilos variados, como o engajado João do Vale (em elepê lançado em 1981) e a romântica Rosemary (com esta, loura de coração verde e rosa, em longas temporadas na noite de Sampa).

Influenciado pela bossa nova, integrou, em 1967 e 1968, um “sansacional” trio (ao lado do baixista José Ordoñez e do baterista Airto Moreira, por exemplo, em segunda formação) que mostrou serviço na Baíuca, em Sampa, e gravou dois discos – um período, na mesma “megaurbe”, no qual Briamonte tocou no Sambeco, o que lhe renderia outro disco. Ainda na capital paulista, ele, pai do também maestro Miguel Briamonte, teve sob sua regência, no Teatro Aquarius, o “score” de “Brasileiro, Profissão Esperança”, espetáculo dirigido por Bibi Ferreira, e, em “extended play” da sua sensibilidade criativa, compôs algumas obras de cariz erudito, como o poema sinfônico “Amolador de Facas”. Também, em 1967, durante o III Festival da Record, teria saído dessa emissora e entrado na história do arranjo nacional apenas pelo destacado que fez para “Eu e a Brisa”, canção muito bem interpretada por uma Márcia que vestia azul e mudava sua sorte na carreira a partir de então. Uma pepita de Johnny Alf (que, em elepê de 1965, tivera Briamonte como arranjador), a qual, horas antes, no ensaio, levara a cantora a ser aplaudida de pé por músicos, técnicos e demais circunstantes. Um momento inusitado, como revela Zuza Homem de Mello a folhas tantas do seu “A Era dos Festivais”, substancial e indispensável a respeito.

Pós-escrito:

a) infelizmente, na tarde deste 28 de abril, por postagem do produtor musical Arnaldo DeSouteiro no Facebook, soube do falecimento de José Briamonte, aos 90 anos, ocorrido pouco antes. Que ele descanse em paz. Minhas condolências à família;

b) nos “links”, José Briamonte em sucinta, porém significativa, lembrança musical: “Tema de Cristina”, dele (parceria de Arnaud Rodrigues) – faixa do elepê “Momentos Românticos”, do maestro, lançado pela RCA em 1982; “O Embalo do Pato”, dele; “Rota Sul”, dele; “A Rosa Desfolhada”, de Toquinho e Vinicius de Moraes; “Chuva”, de Durval Ferreira e Pedro Camargo, com o Sansa Trio; “Tema de Cristina”, com o maestro e sua orquestra – faixa do elepê da supracitada novela;

José Briamonte

c) foto: acervo da família do maestro.

“Tema de Cristina”
https://www.youtube.com/watch?v=vjGvHgNXYuc
https://www.youtube.com/watch?v=0eBcjFZQcV8

“O Embalo do Pato”
https://www.youtube.com/watch?v=RvheZHiGe9I

“Rota Sul”
https://www.youtube.com/watch?v=34xbDy5kE3w

“A Rosa Desfolhada”
https://www.youtube.com/watch?v=PTjJFkfp_04

“Chuva”
https://www.youtube.com/watch?v=kGQXXmeQL8U

Luizinho Duarte: Falecimento

Luizinho Duarte

De acordo com o Diário do Nordeste, o compositor e multi-instrumentista Luizinho Duarte, fundador da Marimbanda, faleceu na madrugada de 28.04.2022 aos 68 anos:

Luizinho deixa extenso legado para o cancioneiro nacional. Em comunicado divulgado pela família e os amigos, o velório acontecerá no Theatro José de Alencar ainda nesta quinta, a partir das 10h30.

A última atividade musical registrada envolvendo o artista aconteceu no último dia 8, no Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB). Trata-se de um registro em audiovisual de um show-depoimento com canções dele. Na ocasião, Luizinho contava da larga experiência na música nacional. O material, inédito, está salvaguardado.

Fundador da Marimbanda, Luizinho Duarte é considerado um mestre da música. Baterista, violonista, professor, compositor e arranjador de grande experiência no cenário brasileiro. Trabalhou com nomes como Maria Bethânia, Elza Soares (1937-2022), Leila Pinheiro e, anteriormente, Tim Maia (1942-1998), entre outros. Fez ainda a gravação do DVD e turnê nacional do trabalho que uniu Fagner e Zeca Baleiro, no projeto “Raimundo Fagner e Zeca Baleiro – Ao Vivo”.

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Nota da Secretaria de Cultura do CE:

Com muita tristeza, a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará) comunica, nesta quinta-feira (28/4), a partida do nosso querido Luizinho Duarte, multi-instrumentista, compositor, maestro, arranjador e fundador da Marimbanda.

Luizinho Duarte

Um mestre. Com genialidade e elegância, ele marca a história da música cearense e da música nacional. Não há quem não tenha uma boa lembrança ou uma gostosa canção no peito e na memória para sempre lembrar e festejar Luizinho.

Um artista que soube viver e sentir a arte. No comando da bateria ou violão, era comum vê-lo fechar os olhos. Enquanto tocava, tinha um universo todinho ali dentro.

Compositor profícuo, Luizinho tinha grande facilidade em criar melodias e explorar uma variedade de ritmos. Deixa um rico legado de composições próprias junto aos parceiros da Marimbanda, grupo fundado em 1999. (…)

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Luizinho Duarte

Nota da Prefeitura de Fortaleza:

(…) Exímio instrumentista, intérprete, arranjador, baterista, violonista, percussionista, Luizinho possuía mais de 50 anos dedicados à música. Suas atividades também se destacavam na área do ensino da música e da composição. Foi um compositor prolífico de melodias fortes e ritmos coloridos. Um verdadeiro Tesouro Musical.

Era especialista em música instrumental brasileira, com destaque para os ritmos e gêneros urbanos, rurais e regionais como o baião, o xote, o frevo, o choro e o samba. Luizinho utilizava uma linguagem universal sem menosprezar as especificidades da sua cultura.

Compôs mais de 500 músicas. Dirigiu e participou dos grupos Só com Z Trio, Metalira Big Band e Gargalhada Choro Banda. Foi maestro no Projeto da Orquestra de Barro de Cascavel (Uirapuru), professor na Orquestra de sopros de Pindoretama. Fundador, maestro, integrante e principal compositor do quarteto instrumental Marimbanda. (…)

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Para sempre Luizinho e Marimbanda

Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro 2022: Resultado da Série Ouro (Grupo de Acesso)

Império Serrano desfilará no Grupo Especial em 2023. Acadêmicos de Santa Cruz e Cubango desceram para a Série Prata de 2023.

Veja também:
Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro 2022: Resultado do Grupo Especial

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Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro 2022: Resultado do Grupo Especial

Ordem do desfile das campeãs:

1. Acadêmicos do Salgueiro (6º lugar)
2. Portela (5º lugar)
3. Unidos de Vila Isabel (4º lugar)
4. Unidos do Viradouro (3º lugar)
5. Beija-Flor de Nilópolis (vice-campeã)
6. Acadêmicos do Grande Rio (campeã)

Leia também:
Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro 2022: Resultado da Série Ouro (Grupo de Acesso)

Desfile das Escolas de Samba do Rio 2022: Quesitos, desempate, apuração e resultados

A ordem de leitura dos quesitos da apuração das notas do carnaval 2022 do Grupo Especial do Rio foi sorteada. Assim, foram definidos os critérios de desempate entre as agremiações que tiverem a mesma pontuação: pelo sorteio, o primeiro será Evolução.

A apuração está prevista para começar às 16h de 26.04.2022, diretamente da Marquês de Sapucaí. Leitura das notas:

1. Fantasias
2. Harmonia
3. Comissão de frente
4. Samba-enredo
5. Bateria
6. Alegorias e adereços
7. Enredo
8. Mestre-sala e Porta-bandeira
9. Evolução

O desempate é feito da última para a primeira, portanto Evolução é o primeiro quesito a gerar desempate, depois Mestre-sala e Porta-bandeira, etc.

UPDATE 26.04.2022 – Resultados:
Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro 2022: Resultado do Grupo Especial
Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro 2022: Resultado da Série Ouro (Grupo de Acesso)

Monique Aragão no Film&Arts – 26.04 e 03.05.2022

Em “Melhor sem Palavras”, a musicista, compositora, regente e pianista Monique Aragão explora as intimidades do piano, com quem mantém uma longa e fecunda história de amor e devoção.

Mais em

http://filmandarts.com.br/horarios/2022-04-26
http://filmandarts.com.br/programa/melhor-sem-palavras

Tarcísio Sardinha: Falecimento

Tarcísio Sardinha

De acordo com o portal G1, morreu na manhã de 25.04.2022, em Fortaleza, o professor, arranjador, compositor e multi-instrumentista Tarcísio Sardinha, aos 58 anos:

A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor), que lamentou a morte do artista. Ele esteve internado em um hospital da capital desde o dia 9 de janeiro.

Tarcísio Sardinha era presença constante nas rodas de samba e de choro em Fortaleza, além dos palcos de música popular. Sardinha chegou a se apresentar ao lado de outros grandes nomes da música brasileira, como Belchior, Fagner, Amelinha, Dominguinhos e Ednardo. Ele também foi responsável pela direção musical de shows de artistas como Falcão, Fausto Nilo e Zeca Baleiro.

Em 1999, Sardinha lançou seu primeiro disco, o “Brasileirando”, que está disponível em todas as plataformas digitais. Outras obras também integram sua discografia, como “Carlinhos Patriolino e Tarcísio Sardinha Ao Vivo” (1998) e “Choro” (2008).

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Estrela do Carnaval 2022: Premiados pelo site Carnavalesco

Vencedores de 2022:

Desfile do Ano:
– Grande Rio

Bateria:
– Paraíso do Tuiuti

Comissão de Frente:
– Grande Rio

Samba-Enredo:
– Grande Rio

Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:
– Marlon e Lucinha (Portela)

Intérprete:
– Tinga (Vila Isabel)

Conjunto de Alegorias:
– Grande Rio

Conjunto de Fantasias:
– Viradouro

Baianas:
– Vila Isabel

Harmonia:
– Unidos da Tijuca

Enredo:
– Grande Rio

Carnavalesco:
– Gabriel Haddad e Leonardo Bora (Grande Rio)

Originalidade:
– Grande Rio

Revelação:
– Wic Tavares (Unidos da Tijuca)

Personalidade do Carnaval:
– Tia Nilda (Mocidade)