Como fã do trabalho de Zé Rodrix e integrante da lista de discussão M-Música, da qual ele fez parte durante anos, fiquei extremamente triste ao ler hoje, 22.05.2009, ao abrir meus emails, mensagens sobre o falecimento deste grande cantor e compositor. Nota do Globo Online:
Ele estava em casa com a família quando passou mal e foi levado ao Hospital das Clínicas, na capital. Zé Rodrix, que também era publicitário e ultimamente dedicava parte do seu tempo à produção de jingles comerciais, aparentemente não tinha qualquer problema de saúde. Ele é autor de “Casa no campo”, sucesso gravado por Elis Regina na década de 70. Zé Rodrix deixa mulher, seis filhos e dois netos.
A nota foi encontrada aqui.
O velório será na Rua Sao Joaquim, 138, bairro da Liberdade, ao lado do metrô São Joaquim, a partir das 17h. O site da Vejinha São Paulo acrescenta:
Integrante da maçonaria, em 1999 lançou uma trilogia sobre a entidade. Juntos, os livros “Johaben: Diário de um construtor do Tem”, “Zorobabel: Reconstruindo o Templo” e “Esquin de Floyrac: O fim do Templo”, venderam mais de 30 mil exemplares.
O corpo do compositor está sendo velado na Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, na Rua São Joaquim, 138.
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O horário do falecimento foi por volta da 1h da madrugada desta sexta, 22.05.2009.
Da Folha Online:
O cantor e compositor Zé Rodrix, 61, morreu na madrugada desta sexta-feira (22), em São Paulo. O músico deixa mulher, seis filhos e dois netos.
De acordo com informações do “Bom Dia São Paulo”, o músico se sentiu mal e foi levado às pressas ao Hospital das Clínicas, onde morreu.
Ainda da nota da Folha:
A assessoria de imprensa do hospital afirma que o músico deu entrada às 0h30 e morreu às 0h45. A causa da morte ainda não foi informada.
Rodrix, cujo nome de batismo é José Rodrigues Trindade, apareceu para o grande público em 1967, em um festival da Record.
Sua carreira ganhou destaque nos anos 70, quando trabalhou com o grupo Som Imaginário — banda criada para acompanhar uma turnê de Milton Nascimento — e ao lado dos músicos Sá e Guarabyra. O trio se transformou em ícone do chamado “rock rural”.
Outro trecho da nota da Folha:
Entre as canções mais famosas de Zé Rodrix estão “Casa no Campo”, famosa na voz de Elis Regina, “Mestre Jonas” e “Soy Latino Americano”.
Nas décadas de 80 e 90, Rodrix abandonou a carreira musical para se dedicar à publicidade.
Em 2001, voltou a se reunir com os companheiros Sá e Guarabira para uma apresentação do “Rock in Rio”. No mesmo ano, o trio lançou um DVD ao vivo, reunindo seus maiores sucessos: “Sá, Rodrix & Guarabyra: Outra Vez Na Estrada – Ao Vivo”.
A matéria foi encontrada neste link.
Matéria do Terra falando do falecimento:
De acordo com Bárbara Rodrigues, 18, Zé Rodrix havia saído com a mulher, mas começou a se sentir mal e retornou para casa, por volta de meia-noite. A família acionou uma filha do cantor, que é médica e prestou os primeiros socorros ao pai. Ainda quando aguardava a chegada da ambulância para ser removido a um hospital, o cantor e compositor passou mal e morreu. Por volta das 7h desta sexta, o corpo ainda estava na residência do artista aguardando a perícia. Ele deixa seis filhos.
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Zé Rodrix era gigante. Da matéria de Gilvandro Filho em 2004, citando a M-Musica, criada no inicio dos 2000, onde tive a honra de conviver virtualmente com ZéR:
Com a mesma generosidade de Elis, Zé Rodrix é hoje curador de um grupo de jovens compositores da noite paulistana, que se reúnem no Clube Caiubi para tocar, cantar, bebericar e fazer música brasileira. Alguns desses jovens “Caiubistas” pontuaram o roteiro do novo show: Zé Edu Camargo, (“660th Huntingtown Blues”), Ricardo Soares (“Notícias de Mim”), Elder Braga (“Eu Só Queria Contar Meu Problema”).
Outros novos parceiros Zé Rodrix foi buscar em seu novo reduto, a M-Música, uma lista de discussão formada na Internet por músicos, cantores, compositores, produtores, jornalistas e amantes da música. Alguns desses novos amigos também se tornaram parceiros, lançados agora pelo compositor. É o caso do baiano-carioca João Bani (“Amor de Modem”), a poeta paranaense Etel Frota (“Onde os Anjos Não Ousam Pisar”) e o natalense Reynaldo Bessa, co-autor de “Por Amor”, a única das novas composições que não é inédita, pois está no CD acústico do grupo paulistano Ira.
Das músicas novas que compôs sozinho, Zé Rodrix apresenta “Jesus Numa Moto”, “Amanhã” e “As Canções”, que dá nome ao show. Junto com “Penúltima Canção da Estrada”, elas fecham o ciclo das inéditas. O roteiro é complementado com canções que já são história, como “Primeira Canção da Estrada” (Sá-Rodrix), “Quando Será” e “Soy Latino Americano” (com Livi) e “Mestre Jonas” (com Guarabyra) e, evidentemente, “Casa no Campo”.
A surpresas da noite ficaram por conta do jingle “Chevrolet”, uma das criações mais famosas do publicitário Zé Rodrix, e da “canja” de Zezinho do Tambá, uma espécie de alter-ego do compositor. Incorporando o espírito do malandro carioca, Rodrix abre uma janela bem humorada, onde conversa com o público e canta duas músicas do “sambista”: “Chamego da Nega” e “Partido Alto do Papa do Samba”. Na verdade, uma explítica e impagável provocação aos defensores do chamado “samba de raiz”.
Leia o texto completo de Gilvandro clicando aqui.
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LINKS DIVERSOS:
Leia sobre o compositor no Wikipedia:
– http://pt.wikipedia.org/wiki/Z%C3%A9_Rodrix
Mais sobre a obra de Zé Rodrix no Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira:
– https://dicionariompb.com.br/artista/ze-rodrix/
Leia também sobre o grupo Joelho de Porco e “A Última Voz do Brasil”, grande sucesso do Festival dos Festivais da Rede Globo em 1985:
– http://www.cliquemusic.com.br/artistas/joelho-de-porco.asp
No Portal Imprensa, Toninho Spessoto fez uma bela homenagem a Rodrix:
João Carvalho também fala sobre o compositor em seu blog Realejo:
– Parte o criador de “Mestre Jonas” e “Casa no Campo”
Um extenso texto de Rodrigo James sobre os 35 anos do Clube da Esquina também cita Rodrix e é uma boa fonte para outras referências musicais:
O jornalista Marcelo Tas, que hoje comanda o CQC, também fala sobre Zé Rodrix em seu blog:
– Meu último abraço ao Zé Rodrix
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Um dos últimos eventos de Rodrix na cidade do Rio de Janeiro foi o Rock Rural, que aconteceu em abril e maio de 2009 no CCBB-RJ:
De volta à ativa desde 2001, o trio Sá, Rodrix e Guarabyra encerra o projeto dedicado ao estilo musical que juntou, nos anos 70, música caipira, folk americano, rock progressivo e ecos do movimento hippie. Livre.
Teatro II do Centro Cultural Banco do Brasil
(155 lugares)
Av. Primeiro de Março, 66, Centro, (21) 3808-2020.
Terça, 05.05.2009, 12h30 e 18h30. R$ 6,00.
Bilheteria: a partir das 10h (ter)
http://www.bb.com.br/cultura
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O MPBNet está, na entrada do seu site, prestando uma bela homenagem ao compositor (veja abaixo). Aproveite e conheça mais sobre o trio Sá, Rodrix e Guarabyra dentro do site neste link:
http://www.mpbnet.com.br/musicos/sa.rodrix.guarabyra/index.html
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Boa Viagem
(Zé Rodrix)O fogo sempre vivo, o corpo nunca para
E ninguém consegue mais lhe segurar
Essa casa está pequena pro seu ritmo de vida
Qualquer dia desses vai voar pra longe
As mãos que eram tranquilas nunca mais se cruzaram
E ninguém consegue mais lhe segurar
E por mais que faça força essa casa está pequena
Qualquer dia desses vai voar pra longe
E eu que tinha a mais completa certeza
De que ia envelhecer feliz ao seu lado
Vai passando o tempo e se apagando o meu fogo,
E o seu fogo vai crescendo cada vez mais
A porta está aberta, por mais triste que seja
E eu não quero nem tentar lhe segurar
Onde o fogo queima forte, deixa só poeira e cinza
Abra as asas e pode voar
Boa viagem.
Update 05.10.2021 – Leia também:
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