Prêmio APCA 2020: Vencedores

Lista completa de vencedores do Prêmio APCA 2020:

ARQUITETURA

Obra de Arquitetura:
– Estação Antártica Comandante Ferraz, do Estúdio 41

Fronteiras da Arquitetura:
– Marcha a Ré, de Nuno Ramos e Teatro da Vertigem

Urbanidade:
– Padre Júlio Lancellotti

ARTES VISUAIS

Exposição Internacional:
– Egito Antigo no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil)

Atividade Cultural:
– IAC – Instituto de Arte Contemporânea que, ao comemorar 20 anos de excepcional atuação, inaugurou sua nova sede

Arte/Tecnologia:
– MIS Experience com a mostra Leonardo Da Vinci – 500 Anos de um Gênio

CINEMA

Longa-metragem:
– M8 – Quando a Morte Socorre a Vida, de Jeferson De

Longa-metragem:
– Sertânia, de Geraldo Sarno

Média-metragem:
– Sete Dias em Maio, de Affonso Uchoa

DANÇA

Criação:
– Silêncio, vídeo performance de Eduardo Fukushima e Sérgio Roizenblit

Difusão:
– Programação de Dança do FarOFFa – Circuito Paralelo de Artes de São Paulo, e do FarOFFa no sofá

Ação de Formação:
– Ayodele Balé, escola de formação em danças preferencialmente para pessoas negras e as não negras de baixa renda

Ação de Sustentabilidade:
– Senadora Benedita da Silva e Deputada Federal Jandira Fegalli, pelo trabalho em prol da elaboração, votação e regulamentação da Lei Aldir Blanc, garantindo condições emergenciais de sustentabilidade para a cadeia produtiva da dança

Prêmio Especial:
– 80 Anos da EDASP – Escola de Dança de São Paulo

LITERATURA

Trabalho Editorial:
– *Gita Guinsburg*, pelas realizações à frente da Editora Perspectiva — refletindo a resistência de todas as editoras no contexto da pandemia.

Difusão de Literatura Brasileira:
– *Bel Santos Mayer*, pela propagação de literatura brasileira contemporânea — e mediação de leituras — durante a pandemia, valendo-se de meios aplicados a propostas de isolamento social.

Difusão de Literatura Brasileira no Exterior:
– *Nara Vidal*, pela revista digital Capitolina Books, que difunde literatura brasileira — on-line, bilíngue (português / inglês) e gratuita — no exterior.

MÚSICA POPULAR

Artista do Ano:
– Teresa Cristina

Artista Revelação:
– Jup do Bairro – “Corpo sem Juízo”

Melhor Live:
– Caetano Veloso

Melhor Disco:
– “Rastilho”, Kiko Dinucci

RÁDIO

Valorização do Rádio:
– Luiz Fernando Magliocca , que esteve ligado a momentos importantes do rádio, desde os anos 70.

Profissional do Ano:
– José Eduardo Piedade Catalano , mais antigo radialista profissional na ativa, que comemorou 72 anos de trabalho, na apresentação de programas na Rádio Difusora de Santa Cruz do Rio Pardo/SP.

Podcast:
– Atenção, Silêncio no Ar – Criação, produção e apresentação do radialista, César Rosa. Em pauta, a história do rádio FM paulistano.

TEATRO

Espetáculo:
– Bertoleza, Direção e adaptação: Anderson Claudir; Texto final: Anderson Claudir e Le Ticia Conde

Espetáculo Virtual:
– Peça, com concepção e atuação Marat Descartes e direção de Janaina Leite

Prêmio Especial:
– Série “Cena Inquieta” em 26 episódios dirigida por Toni Venturi com curadoria de Silvana Garcia sobre teatros de grupo brasileiros.

TEATRO INFANTO-JUVENIL

Prêmio Especial da Quarentena 2020 por levar ao meio digital, de forma criativa e dinâmica, duas séries lúdicas com interação online de crianças:
– Grupo Esparrama (Diz aí… e Vamos Brincar?)

Prêmio Especial da Quarentena 2020 por levar ao meio digital, de forma interativa, com atuação online do público, uma aventura policial voltada para o público jovem:
– Caso Cabaré Privê – texto e direção de Pedro Granato, com a Cia. Pequeno Ato.

Prêmio Especial da Quarentena 2020 por levar ao meio digital, de forma no formato pré-gravado, três espetáculos recentes de seu repertório completamente reescritos e reeditados, levando em conta as especificidades da linguagem audiovisual:
– Trilogia Olho Mágico, da Cia. Delas, com direção de Thaís Medeiros (Ep. 1 – Caroline Lucretia Hershel / Ep. 2 – Maria Sibylla Merian / Ep. 3 – Mary Anning)

TELEVISÃO

Atriz:
– Camila Morgado (Bom Dia, Verônica/ Zola Filmes-Netflix) e
– Tatiana Tibúrcio (Especial Falas Negras/TV Globo).

Ator:
– Eduardo Moscovis (Bom Dia, Verônica/ Zola Filmes-Netflix)

Dramaturgia:
– Bom Dia, Verônica (Zola Filmes-Netflix)

Programa:
– Conversa com Bial (TV Globo)

Humor:
– Marcelo Adnet – Sinta-se em Casa/Globoplay

Destaque do ano:
– CNN Brasil

Ennio Morricone (1928-2020)

Ennio Morricone

O grande Ennio Morricone, maestro e compositor de trilhas sonoras que marcaram a história do cinema, morreu aos 91 anos, em 06.07.2020, na Itália. Leia no Cinema é Magia, clicando aqui:

Ennio Morricone (1928-2020)

Morricone escreveu para centenas de filmes, programas de televisão, canções populares e orquestras. Entre as mais de 500 trilhas sonoras para cinema e televisão em seu currículo, há composições para filmes como “Três Homens em Conflito”, “A Missão”, “Era uma Vez na América”, “Os intocáveis”, “Cinema Paradiso”, entre outros.

Ao longo da carreira, Ennio ganhou dois Oscars e dezenas de outros prêmios, incluindo Globos de Ouro, Grammys e BAFTAs.

Doris Day: A cantora, muito além da atriz

O mundo perdeu em maio de 2019 a grande atriz Doris Day, mas hoje talvez nem todos saibam (ou lembrem) de seu talento como cantora. O texto abaixo, de Marcelo Maldonado, relembra essa sua incrível faceta:

Doris era uma cantora incomparável. Dona de timbre e afinação impecáveis, sabia como ninguém enunciar a letra de uma canção numa balada (talvez fosse o equivalente feminino do Sinatra nesse campo) ou segurar a barra num tema jazzístico. Para provar seus swing e senso rítmico, basta apresentar o registro de “Just one of those things”, que muita gente aí vai dizer que é mero decalque da célebre gravação da Ella Fitzgerald para a Verve, com o mesmo fraseado e entonações. Seria, sem dúvida, não fosse pelo fato de que gravação Doris Day precede a de Ella por 6 anos…

Eleita uma espécie de “Namoradinha da América”, reinou nos cinemas em musicais dos anos 1950 e comédias românticas dos anos 1960, em que contracenava com o galã Rock Hudson e sustentava convincentemente o rótulo de “virginal” mesmo tendo passado dos 40. Seja como for, no final dos anos 1960, não havia lugar para Doris no status quo cultural americano, no qual a contracultura e o rock’n roll embalavam a juventude e jogavam definitivamente no limbo os valores e símbolos cultuados uma década antes. Restou a ela um lugar na TV, onde manteve-se em alta com seu show durante as décadas de 1970 e 80.

Doris Day

Nunca mais entrou num estúdio. Seu último disco, “Sentimental Journey”, de 1965, traz a regravação da música que dá título ao álbum e que alavancou sua carreira como cantora, duas décadas antes. Em 1997, seu filho, o produtor musical Terry Melcher, recuperou dos arquivos da CBS as fitas de um álbum que Doris lançaria em 1967. Masterizou as faixas e lançou-as como “The Love Album”.

Doris foi uma descoberta tardia e teimosa para mim, assim como Judy Garland. Demorei para me livrar de rótulos preconceituosos que identificavam-nas com o universo gay para, somente então, me dar conta do quanto eram (e são) duas artistas absolutamente dedicadas ao seu mister e plenamente conscientes de suas qualidades como intérpretes. Com a morte de Doris, vai-se a última delas, dessa era de ouro do cinema e da canção.

(Marcelo Maldonado)

Leia também:
Alguns discos – 5 [2012]

Sobre o falecimento:
Doris Day (1922-2019)