Faleceu em 21.06.2014 Humberto Franceschi, pesquisador de música brasileira. No Globo Online:
(…) por complicações decorrentes de um câncer no pulmão. Ele estava internado no hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. Seu corpo foi cremado no Cemitério do Caju, às 17h.
Primo de Vinicius de Moraes, Humberto Moraes Franceschi nasceu em 1930 cercado de música — uma tradição familiar que ele seguiria, como pesquisador e colecionador. Seu tio-avô era o folclorista Mello Moraes Filho. Dois dos filhos de seu avô eram seresteiros. Em sua casa, nos primeiros anos de vida, havia saraus com modinhas, frequentados por Lúcio Rangel, Sergio Porto, Bororó, Dilermando Reis, Orestes Barbosa, Rubem Braga e Vinicius, entre outros.
A coleção de discos de Franceschi — seu acervo, um dos mais importantes do país, com 12 mil itens que documentam as primeiras décadas da nossa indústria fonográfica, foi vendido ao Instituto Moreira Salles no início dos anos 2000 — começou ainda na infância, com peças herdadas do avô. O destino continuou apontando a direção para o colecionador: colega de escola de uma das netas de Fred Figner, dono da Casa Edison (gravadora pioneira no Brasil), ele acabou se aproximando da família, o que permitiu que mais tarde tivesse acesso a documentos importantes para escrever seus livros “Registro sonoro por meios mecânicos no Brasil” (1984) e “A Casa Edison e seu tempo” (2002).
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Em outra matéria:
(…) [pesquisador] com P maiúsculo, daqueles que levam o hábito de fuçar arquivos e descobrir raridades como uma cachaça.
(…) Um dos capítulos mais importantes da história musical do Brasil poderia estar entregue às traças há muito tempo se não fosse a insistência do pesquisador Humberto Franceschi. Há mais de 50 anos, ele se dedica a recuperar gravações e papéis da carioca Casa Edison, a terceira gravadora do mundo, que de 1902 a 32 registrou um impressionante número de canções populares. Depois de muito procurar um local confiável para seu valioso acervo, Franceschi, 71 anos, bateu o martelo e vai levá-lo a público por meio de duas instituições. O Instituto Cultural Sarapuí vai lançar o livro “Casa Edison e seu tempo”, escrito pelo pesquisador, que será acompanhado por um CD reunindo imagens de partituras e documentos. Além disso, prepara com o apoio da Petrobrás quinze CDs com as músicas mais importantes da pioneira gravadora carioca e está digitalizando 13 mil fonogramas para serem disponibilizados no Instituto Moreira Salles do Rio.
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