José Ramos Tinhorão (1928-2021)

José Ramos Tinhorão

De acordo com o portal G1, o jornalista e crítico musical José Ramos Tinhorão, autor do livro “A Música Popular do Romance”, morreu aos 93 anos em 03.08.2021:

A informação foi confirmada pela Editora 34, que publicou os últimos livros do pesquisador. A causa da morte não foi divulgada.

Ele foi um dos maiores pesquisadores da música brasileira. Repórter e crítico de música sagaz, suas reportagens ajudam a entender e conceituar o que foi produzido nas últimas décadas.

Exigente e polêmico, Tinhorão teve atritos com a turma da Bossa Nova e da MPB por defender que aquele tipo de música não era realmente brasileiro, segundo ele.

“A Bossa Nova tem ritmo de goteira e é puro jazz pasteurizado”, afirmou o pesquisador em um debate que o G1 participou na Flip de 2015.

Ele também se referiu a Tom Jobim como “um coitado” e disse que a música popular brasileira sempre fracassou no exterior.

Natural de Santos (SP), Tinhorão foi morar no Rio ainda criança e se formou em Direito e Jornalismo. Ele começou a atuar em veículos de comunicação no começo dos anos 50.

Tinhorão era um apelido entre os colegas de redação no Diário Carioca e passou a ser usado quando o chefe de redação, Pompeu de Souza, acrescentou na assinatura da sua primeira matéria publicada.

A partir do convite para escrever uma série sobre samba no Caderno B, suplemento do Jornal do Brasil, Tinhorão começa a pesquisar sobre a música popular em 1960.

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Tinhorão em 1966

Na Wikipedia:

Foi redator e colaborador dos Cadernos de Estudos Brasileiros e do Caderno B do Jornal do Brasil. Escrevendo neste periódico, entre os anos de 1975 a 1980, se envolveu em polêmicas com artistas da música popular brasileira, como Paulinho da Viola.

Durante sua vida reuniu cerca de seis mil discos de 78 rpm, que foram gravados e lançados comercialmente entre os anos de 1902 e 1964, e quatro mil LPs (long-plays ou discos de 33 rpm), com datas de lançamento entre 1960 e meados da década de 1990.

O acervo de Tinhorão foi comprado pelo Instituto Moreira Salles, que o digitalizou e o disponibiliza abertamente na internet.

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