Miúcha (1937-2018)

Miúcha

Miúcha

De acordo com o Globo Online, morreu no fim da tarde de 27.12.2018 a cantora e compositora Miúcha, aos 81 anos, em decorrência do tratamento de um câncer:

Ela foi internada às pressas e teve uma parada respiratória.

Filha do historiador e jornalista Sérgio Buarque de Holanda e da pintora e pianista Maria Amélia Cesário Alvim, Miúcha lançou 14 álbuns ao longo de sua carreira de mais de 40 anos.

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No Extra:

Ela é mãe da também cantora Bebel Gilberto, fruto de seu casamento com o músico João Gilberto, e irmã de Chico Buarque.

Heloísa Maria Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro em 30 de novembro de 1937, e mudou-se para São Paulo com a família quando tinha 8 anos. Comecçou a cantar ainda criança, vindo a formar um grupo com seus irmãos — Chico, inclusive. Suas primeiras noções de violão foram dadas por um amigo da família, o poeta Vinicius de Moraes. “Depois eu ensinava pro Chico o pouco de violão que tinha aprendido com Vinicius. E Chico logo começou a brincar de fazer música”, contou Miúcha em entrevista ao GLOBO em 2016.

Nos anos 1960, ela estudou História da Arte em Paris, na École du Louvre. Em Roma, foi apresentada pela cantora chilena Violeta Parra a João Gilberto, com quem viria a casar, tempos depois, em Nova York.

“Não sabia nem falar inglês, mas arrumei um emprego de datilógrafa. Eu era desenhista, tinha feito publicidade. Uma das perguntas que me fizeram na entrevista foi se eu era boa com figures (cálculos, números, em português). Eu disse ‘oh, yes’, pensando que era desenhar figuras (risos)”, revelou Miúcha na entrevista ao GLOBO de 2016. “Casei com João em 1965. Na época viajávamos muito, nos mudamos muito. Uma vez peguei um ônibus errado, fui parar em New Jersey, gostei e voltei com uma casa alugada.

1974

1974

Em 1975, apresentou-se no Newport Jazz Festival, fez shows com Stan Getz e participou da faixa “Boto”, do LP “Urubu”, de Tom Jobim.

Ela seguiu a parceria com o maestro no LP “Miúcha e Antonio Carlos Jobim” (de 1977), que se destacou pelas faixas “Maninha” (composta especialmente para ela por Chico), “Pela luz dos olhos teus” e “Vai levando”.

1975 (encontrado na rede)

1975 (encontrado na rede)

Ainda em 77, entrou no show “Tom, Vinicius, Toquinho e Miúcha”, que ficou quase um ano em cartaz no Canecão antes de percorrer América do Sul e Europa. O espetáculo foi gravado ao vivo e lançado em disco. No mesmo ano, Miucha participou do musical “Os Saltimbancos”, adaptado para o Brasil por Chico, interpretando a Galinha, com a filha Bebel no coro infantil.

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Site oficial:
http://www.miuchabuarque.com

De Thiago Marques Luiz:

Quase todos obituários de Miúcha dizendo que o primeiro disco dela foi com João Gilberto e Stan Getz. Mas não foi!

O primeiro disco dela foi um compacto maravilhoso (e raro!) com músicas de Caetano, Gil, João Donato e Péricles Cavalcanti, gravado em 1974 e lançado em 1975.

Sobre o disco (veja a ficha completa no site oficial de Miúcha):

Primeiro trabalho em disco realizado por Miúcha, este compacto duplo, lançado pela Philips em 1975, apresenta composições inéditas de João Donato com Gilberto Gil (Lugar Comum) e com Caetano Veloso (Naturalmente), além de Correnteza (de Tom Jobim e Luis Bonfá), e O que quer dizer, de Péricles Cavalcanti, essa em dueto com filha Bebel, na época com nove anos. Com arranjos de Luiz Claudio Ramos, o disco se tornou uma preciosidade entre colecionadores, ainda não lançado em CD (embora algumas de suas faixas figurem em coletâneas temáticas de bossa nova, lançadas principalmente no exterior).

Leia também [texto de Mauro Ferreira]:
Miúcha deixa obra bela e relevante, mas abafada pelos laços familiares. Cantora foi mais do que a ‘irmã de Chico’, a ‘ex-mulher de João’ e a ‘mãe de Bebel’.

Update 28.12.2018 – Miúcha será sepultada em 28.12.2018:

O adeus a Miúcha será no Cemitério São João Batista, em Botafogo, Zona Sul do Rio. O velório começará às 12h e será apenas para familiares e amigos. O sepultamento está marcado para as 16h30.

Guto Barros (1957-2018)

Guto Barros

Guto Barros

De acordo com o blog do jornalista Mauro Ferreira, o músico Guto Barros, que foi integrante da banda Lobão e Os Ronaldos, responsável pelo solo de guitarra da gravação original de “Me chama”, uma das músicas mais emblemáticas do repertório de Lobão, faleceu em 25.12.2018:

É dele também o solo do primeiro registro fonográfico de Corações psicodélicos (Lobão, Bernardo Vilhena e Júlio Barroso, 1984).

Guto Barros morreu em 25.12.2018, aos 61 anos, na cidade natal do Rio de Janeiro (RJ), de causas não reveladas pelos filhos do compositor e músico no comunicado postado em rede social sobre o falecimento do artista.

Tendo estudado na referencial Berklee College of Music, escola norte-americana de música, Guto é nome associado ao mais informal rock brasileiro dos anos 1980. O toque da guitarra do músico faz parte, em especial, da história do controvertido Lobão. E também da trajetória de Evandro Mesquita, líder e mentor da banda Blitz.

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Lobão e Os Ronaldos

Lobão e Os Ronaldos

Leia também:
Morre Guto Barros, compositor de ‘Você não soube me amar’

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Evandro Mesquita: