Do site da Veja Rio:
Alá-lá-ô (1941) e Índio Quer Apito (1961) são, até hoje, lembradas no Carnaval. De tão conhecidas, parecem canções de domínio público, mas levam a assinatura de Haroldo Lobo (1910-1965). Bamba das marchinhas, o compositor foi lembrado, no ano de seu centenário, por Carlos Monte. Pai da cantora Marisa Monte e um apaixonado por samba, ele pesquisou na obra de Lobo o repertório apresentado pelo grupo Sururu na Roda, sempre às quartas, no Centro Cultural Carioca.
Na temporada, que vai até o dia 17, Nilze Carvalho (voz, cavaquinho e bandolim), Camila Costa (violão), Fabiano Salek e Silvio Carvalho (percussão) passeiam por histórias do Rio e do Brasil entre as décadas de 30 e 60 retratadas pela verve de Haroldo Lobo e seus parceiros.
Além de cuidar dos arranjos, o acordeonista Marcelo Caldi reforça o grupo ao lado de Naife Simões (percussão), Pedrinho da Glória (violão) e PC Castilho (flauta). Da pesquisa de Carlos Monte foram resgatadas pérolas menos conhecidas, como Ruas do Japão
e Tem Galinha no Bonde, esta uma divertida crônica de 1941 sobre a regulamentação do transporte das penosas em bondes. Há também música para festa junina, a exemplo de O Sanfoneiro Só Tocava Isso, e belos sambas. Um deles, Tristeza, tremendo sucesso que viria a se tornar sobrenome artístico do parceiro Niltinho Tristeza, encerra a apresentação de forma apoteótica.
Centro Cultural Carioca
Rua do Teatro, 37, Centro, 2252-6468, metrô Carioca.
124 lugares. 18 anos. Quarta, 21h. R$ 20,00. Até dia 17.
http://www.centroculturalcarioca.com.br
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